sexta-feira, 31 de outubro de 2008

DESIGN&ARTE: Karim Rashid no Instituto Tomie Ohtake


O personalíssimo arquiteto egípcio Karim Rashid já visitou o Brasil algumas vezes, e trouxe consigo um panorama de sua extensa obra que mostra o porquê ele se tornou um dos nomes do design do século 21.
Rashid tornou-se famoso por idealizar produtos que unem funcionalidade e certo apelo pop. Seu trabalho é tema de uma exposição que será aberta nesta quinta-feira no Instituto Tomie Ohtake- espaço dedicado às artes plásticas, arquitetura e design, apresenta uma grande exposição do mestre internacional, com montagem especialmente desenhada por Karim e pelo curador Albrecht Bangert,em São Paulo. São sessenta móveis, objetos e embalagens de sua autoria, vindos do museu Die Neue Sammlung, de Munique.
Rashid, de 48 anos, erradicado em Nova York deverá marcar presença na inauguração com seus visual arrojado: só veste ternos brancos e cor-de-rosa, ostenta óculos e relógios de pulso e tem os braços cobertos de tatuagens. “Nossa existência é determinada, em boa medida, pelos objetos e pela arquitetura ao nosso redor. Quando os transformamos para melhor, a vida também evolui”, disse ele a VEJA.
Além do lado extravagante, Rashid é um teórico respeitado no mundo da arquitetura e do design.
De vivência universal, educação sofisticada nos campos da música, literatura e moda e competente trajetória no design industrial, Rashid constrói ousados e diversificados diálogos com parceiros das mais diversas origens. Dos japoneses Issey Miyake, Toyota, Kenzo, aos italianos Alessi, Bokka, Edra, Armani até à marca brasileira Melissa, o único princípio que tangencia os trabalhos é a inovação. Atualmente, a equipe de Karim Rashid trabalha em 50 projetos, e atua em 27 diferentes países, sendo um deles o Brasil. Ritmo de quem, desafiando a Bauhaus, costuma repetir: “Mais é Mais”.
Formado em desenho industrial no ano de 1982, pela Carleton University de Ottawa, seguiu para a Itália no mesmo ano, buscando aprimorar seus estudos .
A proposta de Karim vem com ares lúdicos, com formas orgânicas, coloridas, arrojadas e atemporal. O polipropileno é o material que adotou para a criação das 2000 peças produzidas e vendidas pelo mundo, marca a era de inovação. Mais que uma força econômica, Rashid vê o design também como forma de expressão e até de libertação do consumidor. Com o vaso Ego, concebido para a empresa portuguesa MGlass, ele pretendeu enaltecer o poder do indivíduo na economia de mercado atual – por qualquer ângulo que se mire o objeto, vêem-se sempre duas silhuetas humanas olhando para lados opostos. Rashid é entusiasta da idéia de que os avanços tecnológicos permitirão que as pessoas tenham controle total sobre o design de tudo aquilo que consomem.
E então você não vai perder essa exposição, vai?
Instituto Tomie Ohtake
23 de Outubro de 2008 até 4 de Janeiro de 2009.
De Terça a Domingo das 11h às 20h.
Entrada franca!!!
Maiores informações Fone: 11 2245 1900





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